Presente, um poema no estilo literário de Carlos Drummond de Andrade

Presente

(Noite de Natal)

 

No presente do tempo,

onde o ontem e o amanhã dançam,

desembrulho a essência das horas.

A árvore, de esperança ornada,

não abraça apenas embrulhos de papel,

mas a promessa de estarmos juntos,

o maior dos presentes.

 

Embrulhos enfeitados

com os laços invisíveis do afeto.

Somos mais do que meros destinatários

de pacotes atados com fios coloridos.

Somos a dádiva de simplesmente ser.

Entre o papel de presente e o presente do estar,

está a essência.

 

E assim, desfaço os nós do tempo,

desembrulhando o presente,

vivendo o presente,

sendo o presente.

 

Em cada batida do coração,

na melodia suave das risadas,

celebramos o estarmos aqui, juntos,

no presente que é um presente.

 

 

 * Num exercício que cruza IA e mente humana, este poema pretende recriar o estilo literário do reputado poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade. Servimo-nos da grandiosidade de Drummond de Andrade para celebrar o presente e os presentes que interessam. Neste jogo de palavras, está a essência desta época.